Desafios da avaliação formativa no ensino remoto
Benigna Maria de Freitas Villas Boas Coordenadora do GEPA Este texto foi escrito para ser… Continue a ler »Desafios da avaliação formativa no ensino remoto
Benigna Maria de Freitas Villas Boas Coordenadora do GEPA Este texto foi escrito para ser… Continue a ler »Desafios da avaliação formativa no ensino remoto
Benigna Villas Boas A avaliação formativa é a que favorece as aprendizagens dos estudantes e… Continue a ler »Avaliação formativa e seus desafios no ensino remoto
CONSTRUINDO A AVALIAÇÃO FORMATIVA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL[1]
Benigna Maria de Freitas Villas Boas[2]
Texto escrito em 2001 e publicado em 2002
No Brasil já existe número razoável de pesquisas sobre a avaliação, realizadas no interior das escolas de educação básica, apontando seu caráter classificatório, excludente, autoritário e punitivo. Sabe-se que, de modo geral, apenas o aluno é avaliado e somente pelo professor, com o propósito de aprovação ou reprovação. A nota é que indica se o aluno pode ou não “passar de ano”. O trabalho pedagógico da turma e o da escola como um todo não costumam ser analisados. É comum o uso da expressão “avaliação da aprendizagem”, em referência apenas ao aluno. Até existe disciplina com este nome em cursos de formação de profissionais da educação, cujos estudos costumam dirigir-se apenas à avaliação do desempenho do aluno. A pesquisa “Avaliação nos cursos de formação dos profissionais da educação do DF: confronto entre a teoria e a prática”[3] constatou que o tema avaliação é trabalhado na disciplina Didática Geral como último item do programa, ao qual sobra pouco ou nenhum tempo para estudo. Estes dados nos mostram a existência de uma cultura avaliativa que contribui enormemente para a produção do fracasso do aluno, do professor e da escola. Sabe-se, também, que o primeiro é quase sempre considerado o culpado. Mudar essa situação não é fácil e requer várias ações. Uma delas cabe às pesquisas: deixar de lado as constatações e denúncias, que já são muitas, e partir para a identificação, análise e divulgação das iniciativas de construção de práticas avaliativas comprometidas com a aprendizagem de todos os alunos e com o desenvolvimento dos professores e da escola. Este é um dos objetivos da pesquisa “Práticas avaliativas inovadoras”[4], em desenvolvimento na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília com o objetivo de identificar e analisar práticas avaliativas comprometidas com a superação da avaliação tradicional (entendida como a que visa a dar notas e a aprovar ou reprovar os alunos) e divulgá-las. Como o Colégio Marista de Brasília é uma das escolas do Distrito Federal cujo processo avaliativo está sendo observado e analisado, este texto apresenta e analisa as inovações introduzidas até o ano de 2001, por meio das percepções dos assessores psicopedagógicos, obtidas por meio de entrevistas, e por meio das percepções dos professores, apresentadas em questionário. Como a pesquisa encontra-se em desenvolvimento, no ano de 2002 serão coletadas informações junto aos pais e aos alunos, fundamentais para a compreensão mais ampla da questão.Continue a ler »CONSTRUINDO A AVALIAÇÃO FORMATIVA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL[1]
DE QUAL AVALIAÇÃO PRECISAMOS? ALGUNS APONTAMENTOS
Benigna Maria de Freitas Villas Boas
Professora emérita da UnB
Texto produzido em 2006
Nós, professores da educação infantil, da educação fundamental, da educação média e da educação superior, estamos em busca de práticas avaliativas que ajudem nossos alunos a aprender. São muitos os motivos dessa busca. Para efeito desse texto selecionei três que nos permitem refletir sobre possíveis soluções. O primeiro deles encontra-se em dados do Ministério da Educação segundo os quais 91% dos estudantes brasileiros terminam a educação fundamental abaixo do nível desejável de aprendizagem, com dificuldades para reter ou compreender textos básicos. Em 2004 o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – divulgou resultados da avaliação realizada em 2003 pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), associando o perfil dos alunos da 4ª série do ensino fundamental ao seu desempenho, os quais são resumidamente apresentados a seguir.Continue a ler »DE QUAL AVALIAÇÃO PRECISAMOS? ALGUNS APONTAMENTOS
A avaliação está sempre presente nas decisões e práticas pedagógicas
Li em Educational leadership, April 2019/vol. 76, Issue 7, o texto Collaborative classrooms, escrito por Donna L. Shrum, professora de história e geografia na Central High School, em Woodstock, Va. Ela relata que, em 2012, John Hattie registrou que professores falavam 70–80/% do tempo de aula. Como é raro eles conversarem individualmente com seus estudantes, a não ser quando o tema é indisciplina, querendo reverter essa situação, Donna criou encontros individuais com seus estudantes que, a princípio, se sentiram incomodados, mas rapidamente se acostumaram. Os resultados têm sido positivos, diz ela, que denomina esses momentos de conferência, entendendo constituírem “a melhor avaliação formativa para o ensino e a aprendizagem”.Continue a ler »A avaliação está sempre presente nas decisões e práticas pedagógicas
O PODER EMANCIPADOR DA AVALIAÇÃO
Enílvia Rocha Morato Soares
Doutora em Educação pela UnB
Integrante do Grupo de Pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico – GEPA
Parece ser senso comum associar avaliação a poder. Quando acontece no campo educacional, diz-se que o poder da avaliação está centrado no avaliador que, na maioria das vezes é o professor e ou demais profissionais da educação que atuam na escola, podendo eles decidirem sobre o destino escolar dos estudantes. Assim entendida, a avaliação se desvela mecanismo que confere, a quem avalia, poder suficiente para julgar e definir quem está apto a prosseguir, ou seja, quem terá o direito de continuar aprendendo. Aos considerados inaptos, resta a alternativa de redobrar esforços para tentar, sob condições semelhantes (conteúdos trabalhados da mesma forma como quando não foram aprendidos) ou ainda piores (em menor tempo e paralelo ao ensino de novos conteúdos), aprender o que não foi aprendido ou, pelo menos, não foi percebido como tal pelo avaliador.Continue a ler »O PODER EMANCIPADOR DA AVALIAÇÃO
Cultura avaliativa
A aprendizagem da avaliação é um dos saberes essenciais ao desenvolvimento do trabalho docente. Contudo, ela ainda é negligenciada na formação inicial e continuada de professores e dos demais educadores que atuam em escolas de educação básica e superior. Esse fato denota a necessidade de ela merecer lugar de destaque quando se discutem temas como currículo e trabalho pedagógico. Pesquisas têm revelado que o professor é um avaliador por excelência. O processo avaliativo que desenvolve compõe-se de elementos técnicos, políticos, sociais e afetivos. Por esse motivo, cabe refletir sobre as seguintes questões: por que e para que se avalia? Quem avalia e quem é avaliado? Por quais meios? A quem a avaliação beneficia? A quem pode prejudicar? Em que contexto ocorre? Com que cuidados se avalia? O que é feito com os resultados obtidos? A podem ser socializados? Que outras ações deles decorrem? Como eles retornam aos sujeitos avaliados? Além disso, outras considerações são acrescentadas: a necessária articulação da avaliação formal e da informal; o feedback pelo professor e a autoavaliação e o automonitoramento pelos estudantes, como recursos essenciais à avaliação formativa. Como coroamento disso tudo, afirma-se que a avaliação está a serviço das aprendizagens e não da aprovação e da reprovação.Continue a ler »Cultura avaliativa