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Sem clima: ao mexer com cérebro, calor em sala de aula diminui aprendizagem

JC Notícias, 24/02/2025

Altas temperaturas afetam rotina de estudantes em meio a escolas despreparadas para o novo contexto climático

Os alunos da Escola Estadual Rubens Paiva, em Praia Grande (SP), se revoltaram: o turno da noite se recusou a entrar nas salas por conta do calor absurdo. Em Niterói (RJ), um jovem levou um ventilador de casa para se refrescar na aula. No Rio Grande do Sul, o ano letivo começou com atraso. Sem climatização em sete de cada dez salas de aulas brasileiras, professores e estudantes sofrem com ondas de calor cada vez mais recorrentes desde 2023 que prejudicam diretamente a aprendizagem, como aponta a ciência.

Um estudo realizado em Harvard por Jisung Park, professor de Economia na Universidade da Pensilvânia, mostra que fazer uma prova em um dia com mais de 32ºC resulta em uma redução de 14% no desempenho do exame. Outro trabalho do pesquisador revfela que a recorrência de aulas no calor impacta a aprendizagem também em longo prazo.

“Uma maior exposição ao calor durante o ano letivo pode levar os estudantes no Brasil a aprenderem 6% menos do que os seus colegas sul-coreanos por ano, o que, ao longo do tempo, pode explicar cerca de um terço da diferença no seu desempenho no Pisa”, afirmou a pesquisa de Park.

Veja o texto na íntegra: O Globo

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