JC Notícias – 05/05/2023
Estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental de Campinas e região podem participar; programação mistura oficinas, palestras e visitações para introduzir jovens à Ciência. Inscrições vão até 10 de maio
O projeto Meninas SuperCientistas, que busca incentivar jovens à carreira acadêmica, está com inscrições abertas. O programa seleciona estudantes de Campinas e região que estejam cursando entre o 6º e o 9º ano do ensino fundamental, tanto de escolas públicas quanto particulares, para uma programação de cinco encontros que mistura oficinas, palestras e visitas a espaços de Ciência.
Totalmente gratuito, o evento acontecerá sempre aos sábados, nos dias 27 de maio, 3, 17 e 24 de junho e 1 de julho, no Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As inscrições vão até o dia 10 de maio e podem ser realizadas por meio deste formulário online.
O objetivo do Meninas SuperCientistas é combater e defasagem de gênero que existe na academia: do total de cientistas espalhados pelo mundo, apenas 28% são mulheres, segundo dados da Unesco; já aqui no Brasil, 50% são mulheres, mas ainda estão sub-representadas em áreas de exatas e de tecnologia.
“A falta de mulheres nestes locais e o pouco reconhecimento das conquistas femininas contribuem para o pensamento equivocado de que meninas e mulheres não podem ser cientistas, ou que não fazem isso tão bem quanto os homens”, explica Ana Augusta Odorissi Xavier, uma das organizadoras do projeto, que também é pesquisadora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp.
Neste ano, o projeto social tem duas novidades: a primeira é que ele passa a ser realizado por semestre e não mais por ano, como no passado. Já a segunda novidade é o aumento de vagas: 75 meninas serão selecionadas, sendo 70% de escolas públicas.
“Desde a primeira edição do Meninas SuperCientistas, em 2019, sempre tivemos uma alta demanda de vagas, o que acabava deixando de fora muitas meninas interessadas. Chegamos a ter uma relação de 50 meninas para cada vaga. Este ano conseguimos um apoio financeiro maior, o que nos possibilitou aumentar a estrutura do projeto e atender mais estudantes”, detalha Sandra Avila, docente do Instituto de Computação da Unicamp e também organizadora do projeto.
Mais informações no site do projeto ou em seu perfil no Instagram.
Jornal da Ciência