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Por que o feedback é imprescindível à avaliação formativa?

 

Por que o feedback é imprescindível à avaliação formativa?

A pergunta acima me foi dirigida por Carina (nome fictício), professora do ensino fundamental, por e.mail.

Comecemos relembrando o principal objetivo da avaliação formativa: contribuir para que o estudante aprenda. Como assim? Em lugar de ele, seus professores e pais se contentarem com notas que deem para passar de ano, todos se unem para que aprenda o que tem direito de aprender para avançar, sem dificuldades. Além disso, ele tem direito de satisfazer suas curiosidades e interesses. Enquanto isso acontece, recursos avaliativos formativos estão em ação, estimulando-o e fazendo com que busque mais e mais aprendizagens.

Aí, Carina, entra em cena o feedback: por meio do acompanhamento constante do processo de aprendizagem do estudante, o professor lhe oferece informações sobre seu progresso e sobre como resolver as necessidades que vão surgindo, ao mesmo tempo em que faz as intervenções necessárias. Sem essa atuação do professor, o estudante se sente desamparado e costuma perder o interesse pelos estudos. Essa forma de o professor agir é que constitui o feedback. Como você pode perceber, ele garante que as aprendizagens ocorram e dá segurança ao estudante. Essa proximidade com o professor é salutar.

Mas você deve estar pensando: como o professor será capaz de fazer isso com cada estudante? Eventualmente será necessário prestar ajuda individual. Porém, ele poderá atender grupos de estudantes com as mesmas necessidades. E que tal duplas ou grupos de estudantes se apoiarem?

Como a avaliação formativa não é algo que se oferece ao estudante, mas, sim, um processo construído com ele, o feedback é fundamental pelas duas maneiras de ele funcionar. Ao mesmo tempo em que o professor aponta em que o estudante avançou e o que lhe falta para alcançar os objetivos previstos, o próprio estudante vai se autoavaliando e passando a monitorar seu processo de aprendizagem. Parte-se, então, do feedback pelo professor ao automonitoramento pelo estudante. O objetivo do trabalho pedagógico é facilitar a transição do feedback para o automonitoramento. Resumindo: o feedback é um auxílio externo, enquanto o automonitoramento é uma ação do estudante.

Simples assim? Será se o professor trabalhar com o propósito de inserir a avaliação em um trabalho pedagógico que preze a autonomia do estudante. Na avaliação formativa, o feedback e o automonitoramento não têm o objetivo de melhorar a nota, que pode ser contraprodutiva para propósitos formativos. O que conta são as aprendizagens. Portanto, o feedback funciona como um aliado.

O feedback pode ser escrito ou oral, dependendo da atividade, da idade dos estudantes e de suas preferências e necessidades. Até mesmo um bate-papo informal funciona. A avaliação formativa é um processo construído no dia a dia entre professores e estudantes.

Não nos esqueçamos de que os pais precisam ser parceiros nesse processo, para que o compreendam, dele participem, apoiem as intervenções dos professores e valorizem o progresso dos seus filhos. Os estudantes constituem um elo entre a família e a escola: levam informações de uma e outra. O fortalecimento desse elo dá segurança aos estudantes.

Por tudo isso, Carina, o feedback ocupa lugar de destaque na avaliação formativa.

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