Livros
Conversas sobre avaliação
VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas (org.). Conversas sobre avaliação. Campinas: SP: Papirus, 2019.
Este livro compõe-se de pequenos textos escritos por integrantes do Grupo de Pesquisa Avaliação e Organização do Trabalho Pedagógico – GEPA. Denomina-se Conversas sobre avaliação pelos seguintes motivos: elas resultam das interações das autoras com professores da Educação Básica e Superior, em momentos de palestras, pesquisas, conversas informais e contatos por escrito; o formato conversas apresenta-se como menos formal, podendo atrair leitores que se identificam com o tema; o tema avaliação envolve dúvidas de caráter teórico e prático e os aspectos aqui abordados, mais do que apresentar suas fragilidades, apontam caminhos e possibilidades. Este é um dos meios de o GEPA contribuir para a ampliação da reflexão sobre a concepção de avaliação, suas funções, seus níveis e suas práticas que promovam as aprendizagens de todos os estudantes.
Avaliação: interações com o trabalho pedagógico
VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas (org.) Avaliação: interações com o trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2017.
O livro está organizado em três blocos. O primeiro adentra a escola por meio de temas variados, como: o planejamento no contexto escolar; a organização do trabalho pedagógico na educação integral; o Conselho de Classe (instância privilegiada por reunir professores, gestores, coordenadores, estudantes e pais); a avaliação praticada na escola organizada em ciclos (e a progressão continuada como sua aliada); a coordenação pedagógica; a avaliação informal realizada na escola; a necessária participação dos pais/responsáveis; e o que a escola pode fazer com os resultados dos testes externos.
O segundo bloco inclui temas voltados mais especificamente para o que acontece em sala de aula: as percepções sobre os estudantes extrovertidos e introvertidos; o entrelaçamento do portfólio com a avaliação formativa e o feedback; a autoavaliação; a avaliação por colegas (ou por pares); e o dever casa.
O terceiro e último bloco trata da necessária articulação entre os cursos de licenciatura e o trabalho das escolas de Educação Básica.
Dever de casa e avaliação
VILLAS BOAS, Benigna M. de F.; SOARES, Enílvia R. M. Dever de casa e avaliação. Araraquara, SP: Junqueira &Marin, 2013.
O tema dever de casa tornou-se uma atividade escolar tão corriqueira que pouco tem sido questionada. Observa-se que professores a usam sem articulá-la ao trabalho pedagógico da escola e da sala de aula. Pais costumam exigir que a escola prescreva tarefas de casa volumosas para ocupar o tempo dos filhos. E os estudantes: como se posicionam? As respostas a esta e a outras questões estão presentes neste livro, resultado de uma pesquisa cujo propósito foi analisar o dever de casa no contexto do processo avaliativo em uma turma de 3º ano do ensino fundamental de uma escola pública de Brasília.
Uma das grandes contribuições do livro é a discussão sobre o fato de o dever de casa estar a serviço da avaliação classificatória ou da formativa. As autoras argumentam a favor da sua necessária articulação à função formativa.
Ao final, com o título de “Inquietações sobre o dever de casa”, o livro sinaliza possibilidades de adoção de estratégias que favoreçam a inserção do dever de casa em um processo avaliativo potencializador das aprendizagens.
Avaliação formativa: práticas inovadoras
VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas (org.). Avaliação formativa: práticas inovadoras. Campinas, SP: Papirus, 2011.
Neste livro são apresentadas algumas práticas de avaliação formativa como possibilidades ao alcance de qualquer docente comprometido com as aprendizagens de seus estudantes. São apontadas: a avaliação por pares, o diálogo com os estudantes, os procedimentos que desconstroem a ênfase em notas, o trabalho com o portfólio eletrônico em curso de formação de professores e a revisão de textos pelos estudantes.
Para adotar práticas bem-sucedidas, é necessário informar-se sobre o que é a avaliação formativa, como ela se diferencia da somativa – ainda tão forte em todos os sistemas de ensino -, quem são os principais autores que a ela têm dedicado estudos e pesquisas, bem como tem sido empregada. Enfim, é preciso deixar-se seduzir por suas vantagens.
Projeto de intervenção na escola
MANTENDO AS APRENDIZAGENS EM DIA
A partir de uma pesquisa sobre a avaliação no Bloco Inicial de Avaliação, realizada em uma escola pública de Ceilândia, DF, a autora encontrou em desenvolvimento o projeto interventivo, que possibilitava aos estudantes manterem-se em dia com suas aprendizagens. No passado, esta prática corresponderia a estudos de “recuperação”, como se fosse possível recuperar o que não havia sido apreendido. Esses estudos visavam dar oportunidade aos estudantes de serem aprovados. Já as intervenções pedagógicas constantes têm como objetivo oferecer todas as condições para que as aprendizagens ocorram, o que condiz com os propósitos da avaliação formativa.
Em uma das escolas pesquisadas foi encontrado o portfólio como meio de ela fazer o acompanhamento das aprendizagens dos estudantes, isto é, o portfólio do projeto interventivo. A partir daí, a autora discute as suas especificidades, características e contribuições. Segundo ela, “o portfólio dá vigor e atualidade ao projeto interventivo. Tudo o que se produz fica à disposição para apreciação e retomada do trabalho pedagógico”.
Virando a escola do avesso por meio da avaliação
Este livro analisa dois temas que, apesar de discutidos há muitas décadas, até hoje suscitam muitos questionamentos: repetência e evasão escolar. Tais problemas da escola brasileira relacionam-se ainda com outro, o da avaliação classificatória, não comprometida com a construção das aprendizagens. Assumindo esta função, a avaliação certamente contribuirá para que ocorram a repetência e a evasão. A autora propõe, então, a adoção da avaliação formativa, que potencializa as aprendizagens.
Como práticas condizentes com a avaliação formativa, propõem-se: a avaliação informal encorajadora, a avaliação por pares ou por colegas, a autoavaliação e o portfólio, que desenvolve a autonomia dos estudantes.
Ao final, a autora assevera: virar a escola do avesso por meio da avaliação exige a adesão dos professores e demais educadores e da colaboração dos pais. Avaliação é aprendizagem. Enquanto se avalia se aprende e enquanto se aprende se avalia. Os professores aprendem a avaliar enquanto se formam e reforçam esta aprendizagem no trabalho diário com os estudantes.
VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas
Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico
VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas. Portfólio, avaliação e trabalho pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2004.
O livro apresenta o portfólio como um procedimento que valoriza o trabalho de cada estudante, pelo fato de ele incluir todas ou parte das suas produções, incluindo as que demonstram acréscimos e correção de informações. Isso faz do portfólio um rico processo de trabalho, oferecendo aos próprios estudantes, professores e pais evidências das aprendizagens. Pelo fato de ser construído pelos estudantes, sob a orientação do professor, é um procedimento que fortalece a avaliação formativa. A autora chama a atenção para os seus princípios: construção, reflexão, criatividade, autoavaliação, parceria, autonomia e criticidade. É desejável que tão rica produção seja analisada por professores que trabalharão com os estudantes no ano seguinte, para se inteirarem do que cada um aprendeu e de quais são suas capacidades.
Como uma das conclusões, a autora afirma que a avaliação por meio do portfólio pode romper com a que tem sido classificatória, unilateral, punitiva, seletiva e excludente.
Avaliação: políticas e práticas
VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas. Avaliação: políticas e práticas. Campinas, SP: Papirus, 2002.
Os textos que compõem o livro foram apresentados no XI Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino (Endipe), realizado em Goiânia, de 26 a 30 e3 maio de 2002. Tratam: das exigências e necessidades em relação à avaliação; da pedagogia das competências como política de formação e instrumento de avaliação; da progressão continuada; da democratização do ensino e, também, da avaliação formativa. Os diferentes textos apresentam como elo a importância atribuída aos processos avaliativos, indicando a necessidade de que estes sejam concebidos e conduzidos com vistas ao desenvolvimento dos estudantes, professores, cursos e instituições.