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Jovens invisíveis no Ideb

JC Notícias – 19/08/2024

“Análise da qualidade da educação brasileira não pode mais ignorar esse público que hoje está fora da sala de aula”, salienta o colunista do jornal O Globo, Antônio Gois

Cada nova rodada de divulgação do Ideb suscita, naturalmente, debates sobre os resultados de redes públicas e privadas. É positivo que isso ocorra, mas é preciso também reconhecer que qualquer avaliação da aprendizagem tem suas limitações. No caso do Ideb, uma das principais é o fato de captar apenas o que se passa dentro da escola, por ser baseado em testes de matemática e português, combinados com estatísticas de aprovação. Num país em que parcela expressiva dos jovens abandona os estudos antes de completar o ensino médio, isso resulta num diagnóstico impreciso sobre a educação de toda a juventude.

O ensino fundamental sofre menos com a limitação de não avaliar crianças fora da escola. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, 95% da faixa etária entre 6 e 14 anos estavam matriculados nesta etapa em 2023, percentual que sobe para 99,4% se incluirmos também a população ainda retida na educação infantil. Fora da escola, portanto, estão apenas 0,6%. O percentual registrado na mesma pesquisa em 2005, primeiro ano do Ideb, não era muito diferente: 87% das crianças de 6 a 14 no ensino fundamental. Isso significa que não houve no período inclusão maciça de crianças mais pobres ou grande pressão por expansão de vagas. Pelo contrário, a diminuição nas taxas de fecundidade resultou até em menos demanda.

Veja o texto na íntegra: O Globo

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