Benigna Villas Boas

Graduação é mais do que um diploma

JC Notícias – 09/11/2023

Em editorial, Estadão afirma que má qualidade da educação superior constatada pelo Enade exige redefinição de políticas públicas e a reformulação de processos pedagógicos pelas instituições de ensino

Os fracos resultados de 26 áreas de ensino superior avaliadas pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) do Ministério da Educação (MEC) comprovam que a triste deficiência educacional no Brasil se estende do fundamental à graduação. Menos da metade (45,2%) dos quase 10 mil cursos analisados conseguiu alcançar um padrão mediano. Quase um terço deles (29,2%) foi qualificado como ruim ou péssimo. Em nível de excelência, uma parcela mínima de 5,5%.

O Enade é aplicado anualmente com um determinado grupo de áreas por vez, de modo que cada curso seja avaliado a cada três anos. O conjunto de 2022 foi formado por 13 cursos de tecnologia e 13 de bacharelado, como Administração, Ciências Econômicas, Direito, Jornalismo, Psicologia, Relações Internacionais, entre outros. São aplicadas provas a estudantes e coordenadores e o conceito final se insere numa escala de 1 a 5. Não há distinção entre as instituições. Pela mesma régua passam as públicas e privadas, com ou sem fins lucrativos, ensino presencial ou a distância.

O fato de o exame ter confirmado desempenho pior no ensino a distância (EAD) do que no presencial reforça a visão de que está na hora de rever parâmetros para o ensino que a pandemia se encarregou de disseminar. No EAD, 33,7% dos estudantes que estão concluindo o curso obtiveram conceito 1 e 2, os piores da tabela, e somente 3,7% desses cursos receberam conceito máximo. No presencial, essas notas corresponderam, respectivamente, a 28,2% e 5,9%. Saldo um pouco melhor, mas igualmente preocupante.

Veja o texto na íntegra: Estadão

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