JC Notícias – 28/03/2023
Artigo da nova edição da Ciência & Cultura aborda visões do educador Paulo Freire para o ensino superior
Apesar do foco central das suas preocupações como educador ser a alfabetização de adultos e o papel da educação no contexto de uma pedagogia crítica, Paulo Freire não deixou de refletir sobre como a universidade poderia desempenhar a sua missão a serviço dos oprimidos em um contexto de injustiça social. Isso é o que discute artigo da nova edição da revista Ciência & Cultura que tem como tema “A Universidade do Futuro no Brasil”.
Para Freire, o diálogo entre o saber popular e o saber científico é fundamental. Além disso, também era necessário discutir a contribuição que as universidades teriam para qualificar a educação básica de maneira a facilitar a entrada, a participação e o diálogo com os mais pobres. O educador defendia que o diálogo com a sociedade, em particular com os setores populares dentro e fora das universidades, fortalece o seu papel político e pedagógico, ser perder a rigorosidade necessária do trabalho acadêmico.
“Ao longo da sua história, Paulo Freire demarcou a pedagogia crítica não separando política e educação. Mantinha o diálogo permanente com a sociedade como uma das bases do seu pensamento, em particular com os setores populares”, afirma Sérgio Haddad, doutor em educação e coordenador de projetos especiais da Ação Educativa, em artigo para a revista.
Segundo o pesquisador, Freire discutiu a importância da não segmentação entre docência, pesquisa e extensão e a relevância de não só ir ao encontro de grupos populares, mas também de manter a presença desses setores dentro da própria universidade como uma necessidade política e epistemológica. “Paulo Freire defendia a natureza política do trabalho da educação, identificando as raízes das injustiças sociais e buscando alternativas para superá-las.”
Leia o artigo completo em:
Ciência & Cultura