JC Notícias – 26/07/2024
“Como a gestão educacional é descentralizada e cada município tem independência para implementar as políticas que achar adequadas, as chances de sucesso de programas descentralizados são bem menores”, afirma Naercio Menezes Filho, professor titular da Cátedra Ruth Cardoso no Insper e professor associado da FEA-USP, em artigo para o Valor
Desde os anos 1990, conseguimos aumentar bastante a permanência dos jovens na escola. Porém, ainda não conseguimos melhorar de forma significativa o aprendizado dos nossos alunos, apesar de todos os esforços da sociedade, incluindo seguidos aumentos de recursos. As dificuldades começam pelo processo de alfabetização. Por que é tão difícil alfabetizar as nossas crianças? Quais seriam as políticas mais efetivas para melhorar o aprendizado no Brasil?
O desempenho dos nossos alunos nos exames internacionais de aprendizado é muito ruim em todas as faixas etárias, tanto nas escolas públicas como na maioria das escolas privadas. Já aos 10 anos de idade, as crianças brasileiras estão entre as últimas colocadas nas provas internacionais de leitura. Assim, quando chegam aos 15 anos, 70% dos nossos jovens não conseguem alcançar os níveis básicos de proficiência em matemática, ciências e leitura. Como consequência, ao atingir a idade adulta, somente 12% dos brasileiros são plenamente alfabetizados, ou seja, são capazes de elaborar textos complexos e interpretar tabelas e gráficos elaborados.
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