JC Notícias – 26/02/2024
Unidades sem fornecimento adequado ficam majoritariamente nas zonas rurais (74%)
Na Terra da Liberdade, uma área quilombola de Cametá, no Pará, os alunos da escola municipal Bom Fim precisam voltar em casa para matar a sede, e os professores pegam garrafinhas na vizinhança para compensar as torneiras secas. A situação não é isolada: o Censo Escolar, divulgado na última quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), registrou quase 1,2 milhão de estudantes matriculados em 7,7 mil colégios sem acesso a água potável no país. Essa quantidade de alunos é similar, por exemplo, aos matriculados nas escolas — públicas e privadas somadas — da cidade do Rio.
— A Bom Fim tem um poço que não funciona. Outras escolas do território até têm água, mas não é tratada. Às vezes tem um produto químico para jogar, mas é muito esporadicamente — diz Manoel Liduino, representante quilombola no Conselho Municipal de Educação de Cametá.
Só no Pará são 198 mil nesta situação. Estados do Sul e Sudeste também possuem escolas sem água limpa para beber, como o Rio Grande do Sul (60 mil), o Rio de Janeiro (41 mil) e São Paulo (24 mil).
Veja o texto na íntegra: O Globo
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