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MEC firma compromisso para tornar Brasil referência na América Latina até 2030

 

Chama a atenção a linha de trabalho abaixo, que sinaliza um retrocesso. Embora se afirme que as escolas cívico-militares não são instituições militarizadas, a presença constante de militares da reserva, no papel de tutores, vai lhes conferir esse caráter, o que significará a retirada da sua autonomia pedagógica. Os estudantes aprenderão que essa é a escola que lhes convém. Caberá aos professores rebelarem-se contra essa situação.

“Escolas cívico-militares – O MEC tem o objetivo de implementar 108 escolas cívico-militares até 2023. Seriam 27 por ano, uma por unidade da Federação. A medida deve atender cerca de 108 mil alunos.

As escolas cívico- militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. A meta é aumentar a média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O índice é superior nos colégios militares – 6,99, ante 4,94 dos civis”.

 JC Notícias – 11/07/2019

MEC firma compromisso para tornar Brasil referência na América Latina até 2030

Em café da manhã com jornalistas nesta quinta-feira, 11 de julho, o Ministério lançou o “Compromisso Nacional pela Educação Básica”

O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quinta-feira, 11 de julho, um compromisso pela educação básica em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O objetivo é impulsionar a educação infantil, o ensino fundamental, o ensino médio e a educação para jovens e adultos e tornar o Brasil referência na América Latina até 2030.

Como o Consed é uma representação estadual e a Undime, municipal, a iniciativa vai ao encontro do plano de governo do presidente Jair Bolsonaro. O ponto destacado é a integração da educação nas duas esferas e na federal — no caso, o MEC.

“Essa iniciativa é fruto do direcionamento do programa de governo do presidente eleito Jair Bolsonaro: menos Brasília e mais Brasil. Precisamos viabilizar as boas ideias e experiências de sucesso que a gente já encontra no Brasil todo. A gente não tem alternativa a não ser avançar”, disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em café da manhã com jornalistas na sede da pasta.

O secretário de Educação Básica do MEC, Jânio Macedo, afirmou que as estratégias são o marco inicial de um planejamento de médio prazo.  “Vamos acompanhar as medidas para demonstrar que todos nós estamos dispostos a fazer um bom trabalho para a sociedade. Vamos prestar contas. O grande beneficiado tem que ser o estudante”.

Já os representantes do Consed e da Undime destacaram o fato do trabalho ter sido construído em conjunto. “É importante levar nossa visão para esse plano estratégico. Está em linha com o plano estratégico que o Consed lançou em março”, observou o vice-presidente do Consed, Fred Amâncio. “Buscar e chamar diferentes atores para dialogar foi um plano bastante acertado”, reforçou o presidente da Undime, Alessio Costa Lima.

Confira as principais linhas de trabalho:

Creches – O Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância) será reestruturado para dar celeridade na conclusão de mais de 4 mil creches até 2022. Até o momento, menos de 50% das obras do programa foram concluídas desde 2007. “Queremos universalizar a pré-escola e colocar 1,7 milhão de crianças nas creches”, afirmou o ministro.

Ensino Fundamental – O MEC vai revitalizar o programa Novo Mais Educação. As escolas que aderirem à iniciativa terão o mínimo de 5 horas de aula por dia. No integral, a ideia é colocar 35 horas a mais por semana. O intuito é diminuir a evasão e melhorar indicadores educacionais.

Hoje, 4,6 milhões de estudantes do ensino fundamental estão em atraso escolar. Para mudar esse cenário, será dada maior atenção aos alunos que já repetiram e/ou estão em risco de perder o ano, com um programa de correção de fluxo. O principal foco é na transição de etapas: da educação infantil para o primeiro ano do ensino fundamental, do quinto para o sexto ano do fundamental e do nono ano do fundamental para a primeira série do ensino médio.

Novo Ensino Médio – O novo ensino médio será estimulado. Serão 1.200 horas por ano para o estudante atuar nos itinerários formativos, ou seja, no seu campo de interesse. É um meio de inserir o aluno na Educação Profissional e Tecnológica, aproximando-o do mercado de trabalho. O ensino médio integral também será fortalecido com investimentos que somam R$ 230 milhões até o fim de 2019.

O aluno continua a estudar a matriz obrigatória da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). No contraturno, atuará em uma das seguintes áreas pela qual tiver maior interesse: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais, formação técnica e profissional.

Um total de 17 mil escolas deverá adotar o modelo. Está previsto para 2020 um programa piloto em 3,5 mil dessas instituições.

Educação conectada – O MEC vai conectar, por meio do programa Inovação Educação Conectada, 6,5 mil escolas rurais por meio de satélite em banda larga em todos os estados brasileiros. A iniciativa é para colégios com mais de 200 alunos. Já foram conectados, até o momento, 4.600 instituições de ensino. Serão investidos R$ 120 milhões até o fim deste ano. Aproximadamente 1,7 milhão de estudantes serão beneficiados.

Outros 17 milhões de alunos serão contemplados com conectividade em escolas urbanas. O MEC repassará R$ 114 milhões para fomentar a internet de 32 mil colégios.

Também por meio do programa, as Universidades Federais do Ceará (UFC), de Goiás (UFG) e de Santa Catarina (UFSC) desenvolverão games para tornar as aulas dos anos iniciais do ensino fundamental mais interativas e atraentes. O trabalho é feito pela Plataforma MEC RED. Serão investidos R$ 3 milhões até o final de 2019.

Formação de docentes – Até 2020, serão estabelecidas trilhas de formação para professores da educação básica por meio de cursos de ensino a distância com a disponibilização de materiais de apoio e disponibilização de recursos. Hoje há docentes que lecionam em áreas nas quais não são graduados. O plano é dar condições para que avancem em seus estudos.

Escolas cívico-militares – O MEC tem o objetivo de implementar 108 escolas cívico-militares até 2023. Seriam 27 por ano, uma por unidade da Federação. A medida deve atender cerca de 108 mil alunos.

As escolas cívico- militares são instituições não militarizadas, mas com uma equipe de militares da reserva no papel de tutores. A meta é aumentar a média no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O índice é superior nos colégios militares – 6,99, ante 4,94 dos civis.

Retorno social – O MEC segue a Curva de Heckman, obra do vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2000, James Heckman. O economista observa ser maior o retorno social quão mais cedo for feito o investimento em educação.]

Confira a apresentação aqui.

MEC

 

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G1 – MEC lança lista de compromissos para a educação básica; veja pontos

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Meninas devem usar coque e meninos, cabelo curto. O que estão fazendo com as escolas públicas do DF?

 

Meninas devem usar coque e meninos, cabelo curto

O que estão fazendo com as escolas públicas do DF?

Reportagem do Correio Braziliense de 10/07/2019 informa que mais seis escolas do Distrito Federal serão militarizadas a partir de 1º de agosto, por meio de parceria entre as secretarias de Educação e de Segurança Pública. As unidades escolhidas são as seguintes: Centro Educacional Gisno, CEF 19 (Taguatinga), CEF 407 (Samambaia), CEF 01 (Núcleo Bandeirante), CEF 05 (Paranoá) e CED Condomínio Estância III (Planaltina). Isso significa que terão gestão compartilhada.Continue a ler »Meninas devem usar coque e meninos, cabelo curto. O que estão fazendo com as escolas públicas do DF?

ESCOLA: O QUE NELA SE APRENDE QUANDO SE TORNA MILITARIZADA?

ESCOLA: O QUE NELA SE APRENDE QUANDO SE TORNA MILITARIZADA?

Autoria: GEPA

O progressivo aumento da indisciplina, do uso de drogas, do vandalismo, da evasão e da violência nas escolas, seja entre os estudantes ou contra os professores, é uma realidade que tem chamado a atenção da população e suscitado, de forma efusiva, por governantes de diferentes localidades do país, a defesa pela gestão compartilhada das escolas públicas com a Polícia Militar. É uma realidade que não combina com o ambiente escolar, espaço de autonomia pedagógica e reflexão crítica.

Toda essa inquietação não é mais uma discussão restrita às salas dos professores e aos espaços educacionais como um todo, pois reverbera em toda a sociedade que, por sua vez, almeja respostas e ações governamentais que ponham um fim a essa complexa situação.Continue a ler »ESCOLA: O QUE NELA SE APRENDE QUANDO SE TORNA MILITARIZADA?

Mazelas dos testes padronizados

 

Mazelas dos testes padronizados

 

A revista eletrônica Education Week, de 19 de junho de 2019, apresenta reportagem de autoria de Margaret Pastor, diretora da Stedwick Elementary School in Maryland, nos Estados Unidos. Ela afirma que muitas pessoas têm dúvidas sobre testes padronizados e que tem presenciado incidentes que a têm deixado seriamente preocupada. Um deles é o que narra em seu texto. Há alguns anos, uma superintendente educacional procurou-a para falar sobre o desempenho de uma das suas quatro turmas de educação infantil em um conhecido teste padronizado. Ela havia observado que os estudantes de uma turma tinham apresentado desempenho muito baixo, enquanto os de outra obtiveram alto desempenho. Recomendou à diretora que colocasse a professora cujos estudantes haviam obtido notas baixas para trabalhar diretamente com a outra, que parecia saber como conseguir que seus estudantes tivessem altos resultados. (negrito meu)Continue a ler »Mazelas dos testes padronizados

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