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Benigna Villas Boas

Preciosidade encontrada em um livro orientador de unidades de trabalho

 

Preciosidade encontrada em um livro orientador de unidades de trabalho

Analisando o trabalho pedagógico em livros da década de 1960, encontrei em Ferreira (1969) uma expressão que aprendi em meu curso normal, realizado na Escola Normal de Brasília de 1960 a 1962: culminância. Não me lembrava mais deste termo.

A autora orienta a elaboração e desenvolvimento de unidades de trabalho, muito utilizadas nessa década. Os itens do plano de trabalho são os seguintes: conteúdo programático, objetivos (informativos e formativos), iniciação, desenvolvimento, matérias correlacionadas, culminância e avaliação.Continue a ler »Preciosidade encontrada em um livro orientador de unidades de trabalho

Porque o mundo está abandonando os testes de alto impacto

 

Porque o mundo está abandonando os testes de alto impacto

Entrevistado pela reportagem do The Sidney Morning Herald, de 10/03/2019, o mundialmente renomado professor Andy Hargreaves, do Boston College, afirmou que testes de alto impacto estão vivendo seus últimos momentos, porque escolas de vários países estão optando por avaliações que evitam estressar os estudantes ou impedir que as aprendizagens ocorram. Segundo ele, os testes do NATLAN, National Assessment Program – literacy and numeracy  (Programa Nacional de Avaliação em letramento e matemática) foram desenvolvidos nos anos de 1990 e países como Canadá, Israel e Escócia estão, no momento, sentindo seu indesejável impacto nas aprendizagens e no bem estar dos estudantes. Eles provocam ansiedade, ensino para os testes, redução do currículo e o uso reduzido de inovações nos anos em que são aplicados.Continue a ler »Porque o mundo está abandonando os testes de alto impacto

Sentido! Ainda a militarização de escolas públicas do DF

Sentido!

Ainda a militarização de escolas públicas do DF

Benigna Villas Boas

Hoje, 12/03/2019, faz um mês da implantação da militarização de escolas públicas do DF e muitas dúvidas, incompreensões e controvérsias persistem. O Bom Dia DF de hoje dedicou um bom tempo a este tema. O que mais me chamou a atenção foi a declaração do Sub-Secretário de Educação, segundo o qual a falta de professores será suprida por militares. Aliás, cabe esclarecer que ele não estava à vontade para dar informações, estava até titubeante. Parecia não entender bem o que essa iniciativa significa. Equipes do governo estão usando o precioso tempo de aprendizagens dos estudantes das escolas públicas para ensaiar uma sistemática com vistas a moldar o seu comportamento. As imagens do programam mostram isso. Preencher o tempo de aulas por militares, quando faltam professores, é um descaso e um descompromisso com as aprendizagens dos estudantes das escolas públicas. Continue a ler »Sentido! Ainda a militarização de escolas públicas do DF

O ridículo do hino e a escola sem sentido

 

JC Notícias – 28/02/2019

O ridículo do hino e a escola sem sentido

Em termos filosóficos, ou racionais, é difícil pensar em algo pior do que ‘Brasil acima de tudo’ ou ‘Deus acima de todos’. Artigo de Eugênio Bucci, professor da ECA-USP, para o Estado de S. Paulo

Na segunda-feira a repórter Renata Cafardo, do Estadão, revelou que o MEC enviara às escolas do Brasil um par de instruções estapafúrdias e patriofrênicas. Por e-mail o órgão máximo da educação nacional pedira que as crianças fossem perfiladas para cantar o Hino Nacional e as cenas, gravadas em vídeo, fossem enviadas a Brasília para deleite dos ocupantes da Esplanada.

Não foi só. O MEC também solicitou aos dirigentes das escolas que lessem para os alunos uma mensagem ufano-pedagógica de autoria do titular da pasta, Ricardo Vélez Rodríguez: “Brasileiros! Vamos saudar o Brasil dos novos tempos e celebrar a educação responsável e de qualidade a ser desenvolvida na nossa escola pelos professores, em benefício de vocês, alunos, que constituem a nova geração. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”.

Como ainda resta um pingo de consciência – e de senso de ridículo – na sociedade, a reação foi instantânea. Educadores e advogados protestaram, alegando que crianças não podem ser filmadas assim, de qualquer jeito, sem autorização dos pais. Outros repudiaram a transformação de um slogan de campanha eleitoral em chamamento de governo para as escolas.

A grita foi tão determinada e irrefutável que o ministro recuou de pronto. Tem sido assim, aliás, nesse governo de idas e vindas. O estilo da administração de turno é o “fez que foi e acabou não fondo”. A toda hora uma autoridade dispara uma bravata e depois recua. Esta semana mesmo o presidente da República voltou atrás e desistiu de aumentar o sigilo em documentos da administração federal – quer acalmar os parlamentares. Quanto ao ministro da Educação, ele é um virtuose em matéria de “fez que foi e acabou não fondo”. Há poucas semanas, numa entrevista escalafobética, pronunciou impropérios sobre o cantor e compositor Cazuza e logo teve de se desculpar. Um pouco antes, já tinha voltado atrás em mudanças desastradas nas regras de compra dos livros didáticos. Agora, adotou o mesmo procedimento. Reconheceu o erro. Disse que não quer filmar a meninada sem que os pais autorizem e admitiu que esse negócio de usar símbolos partidários como insígnias de políticas públicas não fica bem.

Leia na íntegra: O Estado de S. Paulo

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