Pular para o conteúdo

Benigna Villas Boas

Militares podem intervir no trabalho pedagógico em sala de aula?

 

Militares podem intervir no trabalho pedagógico em sala de aula?

Claro que não. Mas foi o que aconteceu no dia 12/11/2019 no Centro Educacional 07 de Ceilândia, DF, escola militarizada, ou de gestão compartilhada, como assim é designada pela SEEDF. A professora de Ciências estava em aula com os estudantes e um sargento, denominado monitor pelo projeto, entrou para aplicar advertências a alguns deles. Ela pediu que ele saísse porque não era o momento nem o local apropriado para isso, mas ele permaneceu. A professora, irritada, começou a interpelá-lo em voz alta, dizendo que a sala era dela, a turma era dela e não permitia que ele ali ficasse. Ele também levantou a voz e segundo ela, começou a debochar. Muito nervosa, a professora gravou uma mensagem pelo celular pedindo a ajuda da direção. Tudo isso foi assistido pelos estudantes. Quais aprendizagens eles estão incorporando por meio dessa situação? São adolescentes e aprendem o que vivenciam.Continue a ler »Militares podem intervir no trabalho pedagógico em sala de aula?

CONSTRUINDO A AVALIAÇÃO FORMATIVA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL[1]

 

CONSTRUINDO A AVALIAÇÃO FORMATIVA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL[1]

Benigna Maria de Freitas Villas Boas[2]

Texto escrito em 2001 e publicado em 2002

Apresentação do tema

No Brasil já existe número razoável de pesquisas sobre a avaliação, realizadas no interior das escolas de educação básica, apontando seu caráter classificatório, excludente, autoritário e punitivo. Sabe-se que, de modo geral, apenas o aluno é avaliado e somente pelo professor, com o propósito de aprovação ou reprovação. A nota é que indica se o aluno pode ou não “passar de ano”. O trabalho pedagógico da turma e o da escola como um todo não costumam ser analisados. É comum o uso da expressão “avaliação da aprendizagem”, em referência apenas ao aluno. Até existe disciplina com este nome em cursos de formação de profissionais da educação, cujos estudos costumam dirigir-se apenas à avaliação do desempenho do aluno.  A pesquisa “Avaliação nos cursos de formação dos profissionais da educação do DF: confronto entre a teoria e a prática”[3] constatou que o tema avaliação é trabalhado na disciplina Didática Geral como último item do programa, ao qual sobra pouco ou nenhum tempo para estudo. Estes dados nos mostram a existência de uma cultura avaliativa que contribui enormemente para a produção do fracasso do aluno, do professor e da escola. Sabe-se, também, que o primeiro é quase sempre considerado o culpado. Mudar essa situação não é fácil e requer várias ações. Uma delas cabe às pesquisas: deixar de lado as constatações e denúncias, que já são muitas, e partir para a identificação, análise e divulgação das iniciativas de construção de práticas avaliativas comprometidas com a aprendizagem de todos os alunos e com o desenvolvimento dos professores e da escola. Este é um dos objetivos da pesquisa “Práticas avaliativas inovadoras”[4], em desenvolvimento na Faculdade de Educação da Universidade de Brasília com o objetivo de identificar e analisar práticas avaliativas comprometidas com a superação da avaliação tradicional (entendida como a que visa a dar notas e a aprovar ou reprovar os alunos) e divulgá-las. Como o Colégio Marista de Brasília é uma das escolas do Distrito Federal cujo processo avaliativo está sendo observado e analisado, este texto apresenta e analisa as inovações introduzidas até o ano de 2001, por meio das percepções dos assessores psicopedagógicos, obtidas por meio de entrevistas, e por meio das percepções dos professores, apresentadas em questionário. Como a pesquisa encontra-se em desenvolvimento, no ano de 2002 serão coletadas informações junto aos pais e aos alunos, fundamentais para a compreensão mais ampla da questão.Continue a ler »CONSTRUINDO A AVALIAÇÃO FORMATIVA EM UMA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL[1]

DE QUAL AVALIAÇÃO PRECISAMOS? ALGUNS APONTAMENTOS

DE QUAL AVALIAÇÃO PRECISAMOS? ALGUNS APONTAMENTOS

Benigna Maria de Freitas Villas Boas

Professora emérita da UnB

Texto produzido em 2006

Nós, professores da educação infantil, da educação fundamental, da educação média e da educação superior, estamos em busca de práticas avaliativas que ajudem nossos alunos a aprender. São muitos os motivos dessa busca. Para efeito desse texto selecionei três que nos permitem refletir sobre possíveis soluções. O primeiro deles encontra-se em dados do Ministério da Educação segundo os quais 91% dos estudantes brasileiros terminam a educação fundamental abaixo do nível desejável de aprendizagem, com dificuldades para reter ou compreender textos básicos. Em 2004 o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP – divulgou resultados da avaliação realizada em 2003 pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), associando o perfil dos alunos da 4ª série do ensino fundamental ao seu desempenho, os quais são resumidamente apresentados a seguir.Continue a ler »DE QUAL AVALIAÇÃO PRECISAMOS? ALGUNS APONTAMENTOS

MEC vai aumentar nota de universidade privada que ceder espaço ao governo federal

 

Avaliação por meio de barganha

JC Notícias _ 06/11/2019

MEC vai aumentar nota de universidade privada que ceder espaço ao governo federal

O programa, que vai ser chamado de Educação em Prática, é uma tentativa do governo de fazer algo com relação à reforma do ensino médio, aprovada em 2017. Além disso, é uma justificativa para ter encerrado em agosto o programa de ensino integral

O Ministério da Educação (MEC) vai lançar hoje um programa para aumentar a nota de universidades particulares que oferecerem seus espaços ociosos ao governo. A avaliação do ensino superior privado feita pelo MEC é atualmente a principal maneira da sociedade verificar a qualidade dos cursos e um importante componente no mercado concorrido do ensino privado. Agora, vai se sair melhor a instituição particular que permitir que o governo use seu laboratório para receber alunos do ensino médio público.

O programa, que vai ser chamado de Educação em Prática, é uma tentativa do governo de fazer algo com relação à reforma do ensino médio, aprovada em 2017. Além disso, é uma justificativa para ter encerrado em agosto o programa de ensino integral.

Por meio da reforma do ensino médio, as escolas públicas precisam diversificar seus currículos e oferecer caminhos opcionais para os estudantes, além das disciplinas obrigatórias. Entre eles estão: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais e Formação Técnica e Profissional.

Leia na íntegra: O Estado de S. Paulo

O Estado de S. Paulo não autoriza a reprodução do seu conteúdo na íntegra para quem não é assinante. No entanto, é possível fazer um cadastro rápido que dá direito a um determinado número de acessos.

Continue a ler »MEC vai aumentar nota de universidade privada que ceder espaço ao governo federal

error: Content is protected !!